Acerca das mulheres…Ou do mundo moderno?!A história da humanidade é desenhada por mulheres submissas. A história da humanidade é verdadeira apologia à submissão feminina. Isso tudo está atualmente até no papo mais descontraído e, em certo ponto, bastante demagógico. Dizer da Mulher da década de 1930 adquirindo direito de voto é em pequeno espaço de tempo um triunfo, depois tem gosto amargo de guarda-chuva; a Mulher só foi adquirir certa participação social, política ou cultural significativa na década de 1970: momento definitivo para a existência feminina marcada pelo advento da pílula anticoncepcional, a descoberta de si e consequentemente da sexualidade e seus prazeres, liberdade de expressão, mais oportunidades financeiras e acesso à universidade. Nossa! Que avanço!Achei que era hora de encerrar o parágrafo acima; tamanha ironia usada corre o risco de ser mal interpretada. Pensar na Mulher esse tempo todo como coadjuvante da história por conta de conceitos morais herdados me faz sentir-se deveras desconfortável. Logo a Mulher que fora o tempo todo, ainda que em segundo plano, responsável por decisões e definições de toda uma história cultural da humanidade, desconsiderando o momento da história em que homossexualidade era ferramenta de guerra.A imagem da Mulher vem vinculada ao ser frágil e necessitado de proteção. Olha só que virtude! Ela é dominada pelos sentimentos apurados, ou seja, é fragilizada e está presa com a prole, com a procriação da raça e continuidade de sua família, só que os filhos por muito tempo não levavam sequer seus sobrenomes. Aliás, a cara da Mulher ainda é da que trabalha em vários lugares, pega ônibus para ir trabalhar, recebe menos que o homem numa mesma função, depois chega à sua casa e deve cuidar dos filhos e dos afazeres domésticos além de, enfatize-se, cozinhar para o marido.A Mulher é, pelos homens que inventaram as palavras ditas por Deus: menos capaz que o homem, portadora da tentação do demônio, devem ser vigiadas e direitos de cidadania são inatingíveis. Afinal ela é uma mulher. Cuidado!Não sei quem foi o boçal que deu sexo para a humanidade. Seria preciso um estudo profundo, horas perdido em história e ódio à flor da pele pra culpar o estúpido. Não é disso que precisamos. A humanidade não tem sexo, não tem raça, não tem nem sequer religião. A humanidade não tem distinção. Tem como avisar os limitados de plantão?! Tem como comunicá-los sobre a chegada do século XXI?! Isso só pra ser cordial, pois respeito, apoio e admiração pela transformação do quadro social feminino deveria partir do ser humano. Mas nem sempre nos referimos aos seres humanos quanto ser humano.Somos feitos sim de adaptação, a Mulher que o diga em relação à sua TPM no ambiente de trabalho, ou mesmo em sua casa. Coisas de Maria!“Não esqueça disso hein Maria! Moça direita cozinha bem, trata bem o marido, lava, passa e não deixa marcas… moça direita não fica lendo romances!”.Viva a reestruturação do lar! Vivas ao fim do domínio Católico na educação do Homem… Ops! Da Mulher! Viva a abolição do “Castigo Divino”! Vivas à mulher no poder! Viva à sensibilidade! Glórias ao fim da Instituição Casamento! Fogo no irmão mais novo vigiando! Viva à liberdade sexual! Viva a autonomia feminina, o movimento feminino, a transformação feminina! Vivas!De certo modo devemos nos intimidar mesmo, afinal a mulher tem demonstrado desenvolvimento espiritual, social, cultural e político digno de um “demônio”. Os sábios se aliam. Atire a primeira rosa quem não tem medo da ascensão da Mulher. A frágil Mulher!