Imagino que em cada minuto se guardam os segundos, encolhidos com a cabeça entre os joelhos, esperando, em silêncio, a cansativa progressão de sua vidae degustando cada nanosegundo como se fossem o

A entregano primeiro pliévalsa o corpo trêmulo, a sapatilha encardidae os dedos úmidos A valsado primeiro saltopõe ondas em seu corpo, encurta o tempoe pousa seco a última dança.

“É que fazemos em nós a nossa prisão”, dizia o homem sentado no ponto de ônibus. Dizia do quadrado-jaula de vozes em vão e das carnes que comemos.