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O ladrão da gente

No caminho quando andoolho, piso, mas não vejoOuço…Mas penso que não ouçoQuando roubo… é quando dançoPenso que não roubo,não machuco,torço o pé,ando avulso.Quando furoé saídaPor enquanto, enquanto quantofunde fazum quando,tento um puloNão agüento, mas arrisco…………….Um salto.Contra o tempo.conto o tempoNão…

Enquanto existe outubro

Instrumentocom caneta BicNum picesconde,encolhe“apareça logo…não enrole!”.O álbum, incompletoO tom, mais amareloMeleca, de chiclete.Os olhos, curiososque cheiram verniz,Encantam atécom alergia a giz..E sentam em laje de construçãopra beijar, em vez de boca,um nariz.

Os descentidos

Fábula de radiador/amor…………………………..Contraltos e soprosRoncosres……………………………………….. piratórios……………..pirabolantesBlasfêmicos que piram…………………..e roncamtorcendo esfericamente os sentidos…….Contorcendo sendo poucoque sãoMuitos………………………………………….barulhentos barulhos boom……………………………vrummm……………………..poft………………zum……phufff…………………e rosnamtorcendo esfericamente os sentidos…..Concriando a desconstruçãoque sãoMuitos………………………………………….barulhentos barulhos fóóómmm…………………………………….bééé…………………………bib, bibbébibééémmiifóóómbéébibmmbéébibfóóómmmBuff!!!

O terceiro molar

ao redor dem redor de roeresdoloridas dentadas enrredordentama desnecessária em aroda doída ao redor de entemaldito resto Dentiformaçãoreordenando dentear baldadona construção da dor dentalao redor dem redor de roeresenredo dormente para doar àinutilidade do terceiro molar

Quadradismo

Com quatro cantossou quadrado.Sigo uma ordem:faço quadrados,Tudo quadrado!Sou parnasiano,Um filho da puta de um parnasiano.E como odeio parnasianos!