Vila Madalena

Os meus barcos não
ancoram mais
E qualquer chuvinha
lava a tinta colorida desse cais

Os meus olhos não
padecem mais
O corpo quente
acolhe o seio cinza e fugaz

Os meus anjos não
me querem mais
; gotas-plástico lá fora
e o barulho metálico da chuva
Urra e ais.