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alexpinheiro

Vila Madalena

Os meus barcos nãoancoram maisE qualquer chuvinhalava a tinta colorida desse cais Os meus olhos nãopadecem maisO corpo quenteacolhe o seio cinza e fugaz Os meus anjos nãome querem mais; gotas-plástico lá forae o barulho metálico da chuvaUrra e ais.

Sertão

Coração craqueladochora todos os diasescorregando feito sabãoentre a sexta e o sábado. E a chuva?Se vierseca.

Cai,cai

Cai CaiBalãoEntre a rua Direitae a caldeirinha do saguão;Entre o sal da terrae o gosto de sabão;Entre as cataratas do Iguaçue a seca do sertão;Entre o grito de dore o de comemoração;Entre a semente do girassole a lua de São…