Como Ter Uma Equipe Autônoma Para Você Dormir em Paz?

Você dorme bem, acorda, liga o celular e NÃO TEM NENHUMA MENSAGEM de problemas na sua empresa. Como chegar nesse nível?

Autonomia não é descontrole! Para isso dar certo sua empresa precisará ter artefatos de cultura e valores bem definidos (SCHEIN, 1980).

Esse modelo de diagnóstico da cultura organizacional tão celebrado nos porões do mundo corporativo por aquela meia dúzia de good viber’s, muitas vezes passa despercebido por quem empreende.

Aqui vai um exercício hedônico:

Você acordando sem despertador, depois de uma noite de sono incrível, com o corpo descansado, a cabeça vazia e cheia de vontade de fazer alguma coisa nova.

Daí você toma um bom café da manhã em paz, liga o celular e NÃO TEM NENHUMA MENSAGEM de problemas na sua empresa.

Isso é possível!

Mas não significa que sua empresa deixará de ter desafios e problemas. O que aconteceu nessa hipótese acima foi você ter criado uma estrutura de delegação.

Como Ter Uma Equipe Autônoma Para Você Dormir em Paz

Como Construir Uma Equipe Autônoma?

Quem está na liderança deverá deixar clara as metas do negócio, patrocinar as tomadas de decisões, e celebrar qualquer movimento que sua equipe fizer.

Essa conduta vai empoderar o time fomentando a segurança psicológica que retroalimentará o sistema.

… E tudo pode começar com um Game do Gol (Delegation Grid).

Nesse jogo que uso nas empresas, reunimos o middle management e aponto uma situação hipotética, ou um evento real recorrente na sua empresa, e pergunto?

“Nesse caso, QUEM pode fazer o gol?”

Ou seja, naquela situação específica, toda a equipe vai auxiliar, mas apenas uma pessoa faz o gol, como em um jogo de futebol.

Isso gerará consciência coletiva sobre a definição das atribuições, de forma lúdica. Afinal, uma empresa têm muitas atividades acontecendo simultaneamente e, querer saber de todas pode revelar mais suas fraquezas do que seu poder.

As ações são divididas em:

  1. Você decide
  2. Você participa, mas não decide individualmente
  3. Você fica sabendo depois que foi feito
  4. Você nem fica sabendo depois que foi feito

Estrutura Fundamental Para Ter Uma Equipe Autônoma

O “Game do Gol”, por exemplo, pode ser um artefato de cultura transformando-se em um quadro dentro da empresa, com a foto e o telefone da pessoa certa para um evento determinado.

Porém, esse é apenas um elemento isolado. Você precisará de vários. Desde os convencionais, até os emergentes.

Os artefatos de cultura são elementos visíveis da organização e influenciam a conduta de toda a equipe. Se você tiver os artefatos consolidados, as pessoas são mais produtivas e agem naturalmente.

Isso significa ter à sua volta um time que não perde tempo tentando entender o que pode e o que não pode.

É aí que a pessoa tem segurança psicológica para ser quem ela é, sem medo de se posicionar, sugerir, colaborar.

Exemplos de Artefatos de Cultura e Outros Desafios

Abaixo são apenas alguns dos elementos tangíveis que inspiram o comportamento das pessoas na sua empresa:

  • A recepção de novos funcionários;
  • O uniforme da equipe e dos diversos níveis hierárquicos;
  • O slogan da sua marca;
  • O organograma do time;
  • A localização para onde essas pessoas se deslocam com o propósito de trabalhar;
  • O laytou dentro da empresa;
  • A linguagem que as pessoas usam informalmente para se relacionarem, como “bordões” e “jargões”, etc..

Entretanto, os artefatos não estão sozinhos no esteio dessa cultura organizacional que vai construir um ambiente controlado, garantindo qualidade de vida para quem empreende.

É preciso observar também os “valores” que serão patrocinadas pela liderança e a organização, como elementos subjetivos dessa busca pela autonomia. Aquilo que todas as pessoas dizem “da boca pra fora”.

Nesse caso, para você que está empreendendo, caberá a tutela dessa conexão entre “o que se diz” e “o que se faz” na sua empresa.

Isso significa trabalhar mais no coração e menos na operação do seu negócio.

O outro nível do “Modelo de Schein”, e o mais profundo, sãos os “pressupostos básicos”. Aí dentro, no “sentir” de cada indivíduo, está a razão de existir dessas pessoas, e tudo aquilo que as norteiam sem mesmo conseguirem verbalizar, muitas vezes.

De onde essa pessoa veio? Como foi a infância dela? Qual a religião? No que ela acredita ou não?

Essas “crenças” são a “mão invisível” do comportamento coletivo dentro da sua empresa. Nesse caso, deve entrar o recrutamento e seleção profissional, criterioso e transparente.

Ou seja, embora abordado por último, na verdade é o nível mais importante de todos.

Escolha trabalhar com quem tem pressupostos que vão agregar à sua empresa.